quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Pensamentos tortos...


Com toda confiança, me entreguei. Em vestígios de um coração arrasado, eu esperei, sonhei que um dia você viesse me buscar. Dormia com os olhos abertos. Estava com a alma ausente. Quando acordei, percebi que era apenas uma personagem que criada à sua imagem lhe atribuía tanta perfeição. Preciso esquecer-lhe, já não sei mais quem tu és.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

última vez...


Quando percebi já era tarde demais... já havia sido tomada por todo aquele sentimento.
O que eu mais queria era esquecê-lo, nunca mais olhar para aquele “erro”, tudo aquilo que eu nunca quis ter, mas que já não conseguia me ver longe. Meu olhar indiscreto à sua imagem, revelava todo o meu desejo de estar em seus braços. Tudo que eu mais queria era voltar no tempo e não tê-lo conhecido. Só queria que soubesse que me encantei, pela sua pessoa, e já não há mais como voltar atrás. Gosto mais de ti, do que permiti ao meu coração. Hoje quero vê-lo pela última vez. Guardar a sua imagem em minha mente. E farei o possível, para nunca mais focar meu olhar em ti. Não causar sofrimento, e me dar uma chance de ser feliz. Sem pensar no que eu poderia ter vivido, se você desse uma chance a nós dois...

terça-feira, 26 de julho de 2011

Fim... de noite


Ele chegou com o olhar assustado. Minha tensão era tão grande que eu não era capaz de sorrir.
-Eu preciso dizer. Não sei o que está acontecendo, mas acho melhor não nos vermos mais.
Ele lamentou com os olhos. Não disse nada, como sempre. Continuou olhando para mim sem deixar transparecer uma gota de sentimento.
Achei que pudesse controlar meu coração. Que fosse capaz de tal atrevimento.
           -Gosto de você, mais do que deveria. Vou-me embora, e peço-lhe que não me procure mais.
Eu não suportaria mais uma decepção.
Ele continuou estático. Preferiu se calar.
Eu fui embora decidida a esquecê-lo. Fui racional. Mas meu coração queria era que ele fosse atrás de mim, e me impedisse de chorar pelo resto da noite...

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Eu voei...

Esvaziei tudo o que pude, comprimi um vida em malas e caixas.
O sentimento foi de despedida. Foi quando me dei conta que realmente daria adeus àquela condição. Me sentei na beirada da cama e olhei por cerca
de 20 minutos tudo a minha volta, observei tudo, cada detalhe, cada poeirinha...
Me bateu a tristeza, foi como se nunca mais eu fosse capaz de viver aquilo
o estava deixando para trás. Enfim, passou.
Voltei a desfazer meu cantinho em busca do meu próprio querer.
E voei...

terça-feira, 21 de junho de 2011

Dia seguinte...

Quando acordei, ele já não estava mais. Tudo que passamos havia se tranformado em um frio Olá. Promovi encontros aparentemente espontâneos só para contemplá-lo um pouco mais. Efim, o que eu temia não tratou de delongar. Naquele instante, na mesa do bar outra pessoa apareceu. Eu tentei dizer através do meu olhar, que eu ainda sentia algo, mas de nada adiantou. Então jurei que se presenciasse algum afeto, nunca mais pisaria ali, e nem perderia meu olhar em sua imagem. E assim procedeu a noite. Não me privei de admirá-lo. Mas não mais permitirei ao meu coração que se acelere quando o vir. Pois se ele não pôde compreender meu olhar, que dirá meu coração.

E só...

Me encantei. Me aproximei na tentativa de uma conversa. Ele propôs darmos uma volta e acabamos em seu quarto. Era singular a forma que me tocava. Seu olhar, suas palavras me deixaram anestesiada. Não pude me mover, irresistível assim. Ataviado de modificação corporal que combinava uma curiosa agressividade à sensibilidade de um literato. Trocamos meia dúzia de palavras e embriagados de exaltação nos amamos.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Não há entendimento...

A primeira coisa que pensei quando soube que eles tinham terminado
foi, o caminho está livre. Mas não estava... Um laço definitivo havia sido criado entre eles. Uma criatura foi enviada às suas vidas e dali pra frente estariam ligados para sempre. Mesmo que não vivessem juntos, nem mesmo se gostassem um laço existiria. Eu sabia que havia reciprocidade em relação aos meus sentimentos, e tinha muito medo que um dia isso nos afastasse pelo fato de sermos audaciosos e querermos controlar tudo, até mesmo nosso coração... Eu mergulharia em profunda tristeza. Estava com dor de amor. E o tempo não seria capaz de me curar. Só o amor. Amar, sempre... cada vez mais. E quanto mais tentássemos nos evitar, mais o nosso amor era colocado à prova. Eu gostava, pois cada vez mais eu queria lutar por aquele amor. É assim, o coração acelera, não entendemos nada, imaginamos tudo. E o amor se faz. Eterno. E ainda há quem não queira amar.

Não quer viver...

(01/2008)