quinta-feira, 30 de junho de 2011

Eu voei...

Esvaziei tudo o que pude, comprimi um vida em malas e caixas.
O sentimento foi de despedida. Foi quando me dei conta que realmente daria adeus àquela condição. Me sentei na beirada da cama e olhei por cerca
de 20 minutos tudo a minha volta, observei tudo, cada detalhe, cada poeirinha...
Me bateu a tristeza, foi como se nunca mais eu fosse capaz de viver aquilo
o estava deixando para trás. Enfim, passou.
Voltei a desfazer meu cantinho em busca do meu próprio querer.
E voei...

terça-feira, 21 de junho de 2011

Dia seguinte...

Quando acordei, ele já não estava mais. Tudo que passamos havia se tranformado em um frio Olá. Promovi encontros aparentemente espontâneos só para contemplá-lo um pouco mais. Efim, o que eu temia não tratou de delongar. Naquele instante, na mesa do bar outra pessoa apareceu. Eu tentei dizer através do meu olhar, que eu ainda sentia algo, mas de nada adiantou. Então jurei que se presenciasse algum afeto, nunca mais pisaria ali, e nem perderia meu olhar em sua imagem. E assim procedeu a noite. Não me privei de admirá-lo. Mas não mais permitirei ao meu coração que se acelere quando o vir. Pois se ele não pôde compreender meu olhar, que dirá meu coração.

E só...

Me encantei. Me aproximei na tentativa de uma conversa. Ele propôs darmos uma volta e acabamos em seu quarto. Era singular a forma que me tocava. Seu olhar, suas palavras me deixaram anestesiada. Não pude me mover, irresistível assim. Ataviado de modificação corporal que combinava uma curiosa agressividade à sensibilidade de um literato. Trocamos meia dúzia de palavras e embriagados de exaltação nos amamos.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Não há entendimento...

A primeira coisa que pensei quando soube que eles tinham terminado
foi, o caminho está livre. Mas não estava... Um laço definitivo havia sido criado entre eles. Uma criatura foi enviada às suas vidas e dali pra frente estariam ligados para sempre. Mesmo que não vivessem juntos, nem mesmo se gostassem um laço existiria. Eu sabia que havia reciprocidade em relação aos meus sentimentos, e tinha muito medo que um dia isso nos afastasse pelo fato de sermos audaciosos e querermos controlar tudo, até mesmo nosso coração... Eu mergulharia em profunda tristeza. Estava com dor de amor. E o tempo não seria capaz de me curar. Só o amor. Amar, sempre... cada vez mais. E quanto mais tentássemos nos evitar, mais o nosso amor era colocado à prova. Eu gostava, pois cada vez mais eu queria lutar por aquele amor. É assim, o coração acelera, não entendemos nada, imaginamos tudo. E o amor se faz. Eterno. E ainda há quem não queira amar.

Não quer viver...

(01/2008)

Papéis desencadernados (07/2007)


As palavras simplismente... Saem.
Olhei pra ele em um cenário divino. Era o pôr-do-sol, ali eu me senti em paz. Tudo que meu eu admirava em um só espaço. Senti seu abraço, suas mãos tocando meus cabelos embaraçados pelo vento. Sua presença é intensa... Tão real. Em um suspiro apanhei uma caneta, e em uma folha de papel comecei a escrever uma carta. Era a saudade. Ele não estava lá...

"Acolhida" (22/05/2007)

Eu tenho tentado, ridiculamente, mudar. Acabei me perdendo na tentativa de agradar o outro. É difícil viver sem se uniformizar, sem se adequar. Só quero evoluir, sem perder nehum valor, sem depositar a fé no outro. Quero ser feliz, e poder fazer alguém sorrir. receber um abraço verdadeiro e ouvir que gostam de mim como eu sou. Assim, sem tirar uma pinta sequer do lugar, ou simplesmente jogar os cabelos de forma diferente...

Completo desajuste... (12/04/2007)

Tudo começou fora dos padrões, mas dizem que é assim, sentimento não escolhe quando aparece... Cheguei no auditório para apresentar meu seminário. Ele estava lá, com o traje completo dotado de um charme natural. Sentei de frente para ele. Aí me dei conta que não me concentrava em nada do que era dito. Só conseguia fitá-lo descaradamente. Fui seduzida por aquela seriedade, aquela voz tão forte que podia sentir seus braços me confortando em algum momento de angústia. Quando terminou seu discurso sentou-se ao meu lado. Eu senti meu corpo gelado, e dali pra frente percebi que não conseguiria dizer uma só palavra sem gaguejar ou simplesmente não falaria nada que fizesse muito sentido. Ele disse OI. Eu sorri Olá. É realmente eu já havia sido afetada. Foi quando ele falou o que me deixou mais à vontade. "Estamos no intervalo, vamos tomar um café?" Involuntariamente, soltei um "Claro!" Daí pra frente, eu não responderia mais por mim. Só sei que se não era um sonnho, ou filme, era simplesmente um sentimento que eu não era capaz de entender.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Cresci

Costumo dizer que minha vida começou em Agosto de 2010. Bebê? Não, apenas comecei a andar pelas minhas prórpias pernas. Conheci pessoas inesquecíveis e vivi dias incríveis que lembrarei com carinho por todo o sempre. Vivi o que muitos não viverão em cem anos. Amadureci e cheguei a conclusão de que precisava mudar. Desejei uma vida mais tranquila, não monótona, mas mais reservada, autônoma na qual eu pudesse finalmente me encontrar.
Sempre gostei de escrever. Encontro na escrita o meu apoio. Aquele que nunca retruca. Não recebo conselhos, mas também falo o que desejo sem ser interrompida.